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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Doctors call for homeopathy ban

Fonte: Telegraph.co.uk
http://www.telegraph.co.uk/health/healthnews/7857349/Doctors-call-for-homeopathy-ban.html

Hundreds of doctors will this week call for a ban on NHS funding for homeopathic treatments.


Homeopathy is based on a theory that substances which cause symptoms in a healthy person can, when vastly diluted, cure the same problems in a sick person. Photo: GETTY

Delegates to the British Medical Association's conference are expected to support seven motions opposing the use of public money to pay for remedies which they claim have 'no place in the modern health service.'

They are also calling for junior doctors to be exempt from being placed in homoeopathic hospitals, claiming it goes against the principles of evidence-based medicine.

The conference will also hear calls for homoeopathic remedies to be banned from chemists unless they are clearly labelled as placebos rather than medicines.

The NHS needs to make £20 billion in cuts over the next few years and doctors say the health service cannot afford 'sugar pills and placebos.'

Supporters say homoeopathy helps thousands of patients with chronic conditions such as ME, asthma, migraine and depression who have not responded to conventional medical treatments.

A report from the Science and Technology Select Committee earlier this year also urged the NHS to cease funding homoeopathic treatments.

Dr Gordon Lehany, a psychiatrist and chair of the BMA's Scottish junior doctors committee said: "We're not saying homoeopathy shouldn't happen, just that it should not be funded on the NHS.

"While placebos can work, they are not medicines, there is no active ingredient, and so if people want to access these expensive sugar tablets, they have to find the money themselves."

But the British Homoeopathic Association (BHA) points out that less than 0.01 per cent of the massive NHS drug bill is spent on homoeopathic tinctures and pills.

David Tredinnick, the Tory MP and champion of homeopathy, has tabled a motion rejecting calls for a ban. And pro-homeopathy protestors will demonstrate outside the BMA conference in Brighton on Tuesday.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Até quando, Israel?

Fonte: Caros Amigos
http://carosamigos.terra.com.br/index_site.php?pag=dointernauta&id=96

Em dez textos que se estendem por dez páginas, Caros Amigos analisa a agressão de Israel contra os palestinos em Gaza. Escrevem e opinam árabes, judeus e especialistas de outras etnias. Um trabalho especial que ajuda você a entender melhor o que se passa no Oriente Médio.

Sob os escombros, há histórias inimagináveis
Prensa Latina entra em Gaza duas semanas depois da agressão israelense iniciada em 27 de dezembro de 2008. Um retrato da barbárie israelense e um testemunho do que ainda não se sabe.

A comunicação telefônica é quase um dom divino para os que estão na prisão a céu aberto que Israel fez de Gaza: entre bombas, destroços, mutilações e carências, alivia poder dar sinais de sobrevivência. O invento atribuído a Graham Bell é tão sagrado para falar com o parente ou conterrâneo além das fronteiras como tentar saber a sorte da amiga de Jebaliyah, o parente surpreendido por um bombardeio em Khan Younis ou o vizinho que vive a três portas.

A agressão iniciada em 27 de dezembro em duas semanas fez ficar sem energia elétrica 1 milhão de palestinos – de um total a que se há de acrescentar mais 500 mil pessoas. O arrepiante panorama ajusta-se às calamidades de Khalil, a incerteza de Alina, o luto de Mohamed, Jasmeen e Ashrat, o trauma de crianças socorridas por Osama ou as feridas na própria carne de Ahmed e outras 4.300 pessoas.

A falta de eletricidade afeta os habitantes de um território em época de inverno, onde a água corrente não é potável e a especulação torna impossível a compra de água engarrafada, enquanto muitas padarias deixaram de produzir. O pão, sobretudo, conhecido como árabe ou pita, básico na alimentação diária dos mais pobres acompanhado com feijões e verduras, custa caro.

Vegetais, frutas e outros alimentos se esfumaçaram, e o pouco que havia tinha “preços muito elevados”, relataram homens que preferiam manter a família em casa e sair para procurar nas três horas diárias de frágil trégua humanitária. Segundo a ONU, cerca de 750 mil palestinos necessitam de água potável, da mesma forma que serviços essenciais como o de saúde. Os hospitais funcionavam no início de janeiro a duras penas com conjuntos de geradores, enquanto os médicos não davam conta dos feridos e pediam aos gritos que não faltasse o combustível, que chegava quando os judeus permitiam a passagem de caminhões-tanque internacionais com limitados volumes. Os geradores elétricos também são prova de solidariedade humana, quando em noites de estrondosos bombardeios, vidros de janelas quebradas e intermináveis penumbras, alguns afortunados compartilham um fio “salvador” com seus vizinhos.
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“O desafio que os estadunidenses temos é conseguir ver a verdade por trás das mentiras”
Norman Finkelstein

O intelectual judeu americano NORMAN FINKELSTEIN defende que os responsáveis, moral e juridicamente, são Israel e EUA

Os registros existem e são muito claros. Qualquer pessoa encontra na internet, na página do governo de Israel e, também, na página do seu ministério das Relações Exteriores. Israel desrespeitou o cessar-fogo, invadiu Gaza e matou seis ou sete (há controvérsia quanto ao número de assassinados, não quanto ao crime de assassinato) militantes palestinos, dia 4/11/2008. Depois, o Hamas respondeu ou, como se lê nas páginas do governo de Israel, “o Hamas retaliou contra Israel e lançou mísseis”.

Quanto aos motivos, os documentos oficiais também são claros. O jornal Haaretz já informou que Barak, ministro da Defesa de Israel, começou a planejar o massacre de Gaza muito antes, até, de haver acordo de cessar-fogo. Conforme o Haaretz do dia 12, a chacina de Gaza começou a ser planejada em março de 2008.
Quanto às principais razões do massacre, acho, há duas. Número um: restaurar o que Israel chama de “capacidade de contenção do exército”, o que, em linguagem de leigo, significa a capacidade de Israel para semear pânico e morte em toda a região e submetê-la mediante a pressão das armas, da chantagem, do medo. Depois de ter sido derrotado no Líbano em julho de 2006, o exército de Israel entendeu que seria importante comunicar ao mundo que Israel ainda é capaz de assassinar, matar, mutilar e aterrorizar quem se atreva a desafiar seu poder pressuposto absoluto, acima de qualquer lei.
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O que eles temem? Ser levados ao “Tribunal de Nuremberg”?
Gershon Knispel, de Israel

“Tenho medo por Israel e Israel me dá medo.”
Marek Halter, escritor e pintor judeu francês, sobrevivente do Holocausto


Em 9 de novembro, descendo do avião, senti que algo não estava certo. Nos televisores do aeroporto de Tel Aviv, davam sem parar notícias sobre as quedas dos Kassams, foguetes caseiros das milícias palestinas, sempre em lugares abertos, com pouca destruição. Falava-se das ameaças aos assentamentos judaicos nos territórios ocupados, usando-se o novo nome, “assentamentos e cidadelas cobrindo Gaza” – de fato a cercavam. As manchetes se referiam à fuga dos habitantes de Ofakim, Shderot e outras cidades, no raio de até 40 km, alcance dos Kassams.

“Será que isto é a resposta eufórica dos militantes do Hamas e da Jihad Islâmica à nossa retirada da Faixa de Gaza? Tudo que queremos é a paz”, diziam as manchetes israelenses. Me lembrei da frase do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, antes da II Guerra Mundial: “Quando eles falam de paz, prepara-te para a guerra.” As rádios matraqueavam frases e hinos patrióticos que sempre se usa para preparar o público para o pior. Os comentaristas sugerem intervenção imediata “para deter esses ataques de Gaza”, “para destruir a infraestrutura e para liquidar a liderança política do Hamas a qualquer preço”.

Mas não saem da ordem do dia os resultados das pesquisas sobre as intenções de voto com vista às eleições antecipadas para meados de fevereiro. Bibi Netanyahu, líder do Likud, exige o retorno das forças israelenses para Gaza e já mais que dobra as intenções de voto, de 17 para 36 cadeiras. As manchetes prosseguem:

“Barak continua a levar seu Partido Trabalhista a um desastre sem precedentes”, pois de maior partido, desde a fundação de Israel, pode ficar em sexto lugar, com 7 a 8 cadeiras. Os conselheiros de Barak dizem:

“Ele deve parar de aparecer como indeciso e, ao contrário, agir firmemente em Gaza.”

Tzipi Livni, ministra do Exterior, herdeira de Ehud Olmert, primeiro-ministro forçado a renunciar acusado de corrupção, tenta sobreviver, igualmente ameaçada pela subida de Netanyahu. E Olmert ainda goza algumas semanas como chefe do governo, até o fim das eleições: não precisa mais se responsabilizar, sua carreira política foi cortada e, como se diz em Israel, “pode andar na chuva sem se molhar”, falando em devolver os territórios palestinos em troca da paz, de um lado, e de outro correr o risco de ser lembrado na história como principal responsável pelo fiasco da Segunda Guerra do Líbano, para fazer mais adiante um retorno triunfal por causa da blitzkrieg da Operação Chumbo Fundido.

A indústria da comunicação trabalhou de maneira fantástica. Amigos meus muito próximos de mim no combate contra a ocupação agora protestam contra mim com emoção:

“Podemos ficar calados vendo essas chuvas de Kassams que jogam sem parar sobre cidades? Eles precisam aprender a lição de uma vez por todas.” Respondi: “E vocês? Aprenderam a lição?”
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O que a mídia gorda não diz sobre Gaza
Camila Martins, Carolina Rossetti e Luana Schabib

1 – Qualquer oprimido estaria resistindo
O judeu israelense Yuri Haaz, 37 anos, filho de mãe brasileira e pai uruguaio que emigraram para “ajudar a construir a terra dos judeus”, mora desde 1985 no Brasil. Criado na tradição sionista, Yuri diz: “Sem a superação do sionismo, não haverá melhoras no conflito com a Palestina.” Seu depoimento: Meus pais, filhos de sobreviventes do Holocausto, aderiram a um movimento juvenil sionista no Brasil e foram pra lá em 1967, envolvidos pela ideologia, reforçada depois da Guerra dos Seis Dias. Estudei em Israel até a oitava série, e o que eles passam é que a Palestina era uma terra vazia, que os judeus vieram plantar no deserto, secar os pântanos, transformar aquilo em terra fértil.

Quando fiz 14 anos, meus pais resolveram voltar, não queriam que eu prestasse o serviço militar em Israel e estavam começando a se decepcionar com a violência exercida sobre os palestinos. Fui para Foz do Iguaçu e fiz Letras. Num trabalho acadêmico, mostrei que a violência só é possível se você desumaniza o inimigo.

Entrei em contato com novos historiadores israelenses, os revisionistas. Israel foi fundado por uma decisão totalmente injusta das Nações Unidas, dando uma parcela maior da terra pra uma minoria, os judeus. Tudo sob violência. Desconstruir os mitos foi doloroso, fiquei doente, mas não sou um caso isolado. Hoje você tem jovens que se recusam a entrar no exército em Israel. Outro movimento combate a demolição de casas de palestinos. Israel destrói, esse grupo ajuda a reconstruir.

A mídia nunca vê os ataques de Israel, mas a reação do Hamas, que aparece como um primeiro ataque, justificando a ofensiva desproporcional. E foi o que ocorreu em Gaza. Qualquer outro povo que estivesse oprimido dessa maneira estaria mantendo essa resistência.

2 – Pequena história da Palestina
O nome, tradução latina de Filistéia, foi dado pelo Império Romano à região que hoje engloba Israel, Gaza e Cisjordânia. Era habitada por filisteus, judeus, cananeus. No início da era cristã, os romanos expulsaram judeus e destruíram o templo principal. Com exceção dos judeus, a maioria se converteu ao cristianismo, depois ao islamismo.

Após muitos impérios, em fins do século 19 a região era dominada pelos turcos. Dos 500 mil habitantes, a maioria muçulmanos, 10% eram cristãos e uns 5%, judeus. Os muçulmanos e cristãos eram arabizados. Na Rússia, o governo czarista culpa os judeus por todo mal que o povo sofre: milhares são mortos e os sobreviventes fogem. Um judeu húngaro, Theodor Herzl, publica documento que diz que os judeus devem ter sua própria terra. Depois de estudar lugares como Uganda, Argentina, e Amazônia, os sionistas escolhem a Palestina, a “Terra Prometida” (sionista, de Sion, nome judaico de um monte de Jerusalém). Em 1917, o governo inglês, “dono” da Palestina, arrancada aos turcos na I Guerra Mundial, aprova a criação de um Lar Nacional Judaico naquela terra. O povo árabe se alarma e percebe que, em poucos anos, eles seriam substituídos pelos estrangeiros. Diversos conflitos acontecem.
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